O Município

Dados do município.

Dados do município/localização

Fundação: 09/09/1890
Emancipação Política: 23 de maio
Gentílico: pacajuense
Unidade Federatíva: Ceará
Mesorregião: M. de Fortaleza
Microrregião: Pacajus
Distância para a capital: 51 KM

Dados de características geográficas

Área: 254.435,00
População estimada: 70911
Densidade: 2.787,00
Altitude: 60
Clima: semiárido
Fuso Horário: UTC-3
Nas margens tranquilas dos rios Choró e Acarape, muito antes de Pacajus se tornar cidade, viviam diversas tribos indígenas – Jenipapo, Kanindé, Choró, Quesito – que há séculos habitavam aquela terra fértil. No alvorecer do século XVIII, por volta de 1707, missionários jesuítas iniciaram ali uma missão destinada aos índios Paiacu (Pacajus – Wikipédia, a enciclopédia livre). Com o apoio do desembargador Cristóvão Soares Reimão, foi doada aos nativos uma légua de terra às margens do Rio Choró para estabelecer a Missão de Nossa Senhora da Conceição (Pacajus – Wikipédia, a enciclopédia livre). Nesse refúgio nascia um povoado embrionário: pequenas casas de taipa foram erguidas ao redor de uma capela simples dedicada à padroeira Nossa Senhora da Conceição, trazendo uma primeira organização urbana àquela paragem selvagem.
As décadas iniciais não foram fáceis – conflitos entre colonizadores e indígenas marcaram os anos que antecederam a missão, mas a perseverança do Padre João da Costa e dos Paiacus prevaleceu (IBGE | Biblioteca). Em 1762, porém, os índios remanescentes foram transferidos para Portalegre, no Rio Grande do Norte (Pacajus – Wikipédia, a enciclopédia livre). O local da missão esvaziou-se de seus primeiros habitantes, dando lugar a um sítio chamado Monte-Mor-o-Velho. Dois moradores vindos de Cascavel – o sargento-mor Jerônimo de Antas Ribeiro e o padre José de Sousa – assumiram a administração dessas terras, evitando que a antiga aldeia caísse no esquecimento (Pacajus – Wikipédia, a enciclopédia livre).
Mesmo sem a presença dos Paiacus, a semente da futura cidade já estava plantada. No século XIX, por volta de 1865, descendentes daqueles primeiros habitantes ergueram uma igrejinha de paredes de barro e vigas de carnaúba no centro das terras do antigo aldeamento (IBGE | Biblioteca). Essa “Igreja Velha”, embora simples, resistiu ao tempo – ainda existe até hoje (ainda que modificada) – e tornou-se o coração de um pequeno povoado. Casas modestas foram se alinhando ao seu redor, formando um vilarejo de beira-e-bico (como se chamavam as fileiras de casas na época). Foi nesse cenário de chapada verdejante e rio sereno que o arraial de Monte-Mor-o-Velho evoluiu, aos poucos, para um núcleo urbano coeso. A origem de Pacajus confunde-se, portanto, com a fé e a resistência: da Missão dos Paiacu ao sítio colonial, forjou-se ali a identidade de uma comunidade que estava prestes a dar um passo decisivo rumo à emancipação.
Com o vilarejo consolidado ao redor da velha capela, o final do século XIX trouxe a tão aguardada elevação à categoria de município. Em 9 de setembro de 1890, a pequena comunidade foi oficialmente reconhecida como Vila de Guarani, desmembrando-se do município de Aquiraz e instalando sua sede justamente no povoado de Monte-Mor (IBGE | Biblioteca). Nascia ali formalmente a cidade, ainda sob o nome Guarani – a primeira de várias denominações que Pacajus teria ao longo de sua trajetória. A jovem vila prosperou, porém sua jornada política seria marcada por reviravoltas.
Não passaram muitos anos até que Guarani enfrentasse as instabilidades administrativas típicas da época: em 1920, uma reforma territorial extinguiu o município recém-criado, tornando-o parte de Aquiraz novamente (IBGE | Biblioteca). A autonomia, contudo, não ficou adormecida por muito tempo. Em 26 de setembro de 1928, a comunidade recuperou seu status municipal, para alegria dos moradores que viam em Guarani sua terra natal independente. Essa alegria durou pouco – em maio de 1931, nova mudança política dissolveu o município mais uma vez, anexando-o ao vizinho Pacatuba (IBGE | Biblioteca). Foram anos de incerteza, nos quais o povo local manteve acesa a chama da identidade própria, aguardando outra chance de autogoverno.
A redenção veio em meio às comemorações do fim de outono de 1935. Em 23 de maio de 1935, um decreto estadual elevou novamente Guarani à categoria de município autônomo (IBGE | Biblioteca), separando-o de Pacatuba e restaurando sua independência de forma definitiva. Essa data entrou para a história e, desde então, é celebrada como o aniversário de emancipação política de Pacajus. Nos anos que se seguiram, o município consolidou suas instituições e experimentou crescimento econômico, apoiado principalmente na agricultura e no comércio local. A paisagem ao redor estava tomada de cajueiros frondosos e mangueiras, e a colheita do caju – fruto que se tornaria símbolo da região – já despontava como uma das bases da economia e da cultura local.
Poucos anos depois da emancipação, o município passaria pela sua derradeira transformação nominal. Durante a década de 1930 e início dos anos 1940, havia um movimento nacional para resgatar nomes de origem indígena. Assim, em 30 de dezembro de 1943, o antigo nome Guarani foi oficialmente substituído por Pacajus, denominação que homenageava os povos nativos da região e refletia a linguagem ancestral daquele chão (IBGE | Biblioteca). Desde então, Pacajus tornou-se o nome definitivo – único e carregado de significado – desta cidade cearense.
Nas décadas seguintes, Pacajus trilhou um caminho de desenvolvimento dentro do cenário estadual. A construção da rodovia BR-116, que passa próxima à cidade, integrou Pacajus à malha viária nacional, facilitando o escoamento de seus produtos e a conexão com Fortaleza (a capital, distante cerca de 51 km). A cidade ganhou o apelido carinhoso de “Terra do Caju”, graças às vastas plantações de cajueiros e à doçura da castanha de caju que impulsionou a indústria local de doces, sucos e cajuína. O progresso também trouxe novos desafios e reorganizações: Pacajus viu partes do seu território darem origem a novos municípios (fato pouco comum e motivo de orgulho e saudade ao mesmo tempo). Entretanto, mesmo com as mudanças, a essência pacajuense permaneceu: uma história de luta pela autonomia, de amor à terra e de união comunitária em torno de suas tradições.
(Ficheiro:Municipio-pacajus-brasao-simb-brnece0301709607.jpg – Wikipédia, a enciclopédia livre) A cultura de Pacajus é viva e profundamente ligada às suas raízes históricas e naturais. As festas populares e religiosas movimentam a cidade ao longo do ano, criando um calendário cultural rico. Na Semana Santa, encenações emocionantes recontam a Paixão de Cristo pelas ruas, envolvendo moradores de todas as idades. No dia 1º de maio, Dia do Trabalhador, a população organiza a tradicional Corrida Ciclística do Trabalhador, parte do evento Pacajus Olímpico, celebrando o esporte e a união comunitária. Em 23 de maio, a cidade se enfeita de orgulho para comemorar sua Emancipação Política – é dia de relembrar a conquista de 1935, com desfiles, apresentações escolares e shows que exaltam a história local. No início de setembro, a Semana Cívica de 7 de Setembro toma conta das escolas e praças, reacendendo o patriotismo e a memória da Independência do Brasil. E quando chega novembro, é a vez da aguardada CajuFest, festival que homenageia o caju – fruto símbolo da região – com barracas de comidas típicas, concursos e muita música, tudo sob o perfume adocicado dos cajueiros em flor. Para fechar o ano, dezembro traz o Natal de Luz, quando Pacajus se ilumina com decoração natalina e coral de crianças, mantendo acesa a chama da esperança e da fé que remonta aos seus primórdios.
Os símbolos municipais de Pacajus também contam histórias e refletem o orgulho de seu povo. O brasão oficial do município, por exemplo, é quase um livro aberto em forma de emblema. No topo, uma coroa mural dourada de três torres representa Pacajus como cidade, livre e autônoma, tal qual se consolidou ao longo dos anos (PROJETO COMPLETO.pdf) (PROJETO COMPLETO.pdf). Dentro do escudo, uma paisagem rica em elementos resume a identidade local: destaca-se a carnaúba, a “árvore da vida” do sertão, símbolo da vegetação nativa e da antiga prosperidade extrativista; ao fundo desponta um sol nascente, aludindo ao futuro promissor e à luz da aurora que sempre iluminou Pacajus; cortando o horizonte, há um rio sereno representando a importância das águas (afinal, foi às margens do Rio Choró que tudo começou) e, próximo a ele, uma engrenagem simboliza a indústria e o trabalho que movimentam a economia local (PROJETO COMPLETO.pdf). Em primeiro plano, cinco pequenas pedras fazem referência direta às cinco denominações históricas que o município já teve – da Missão dos Paiacu e Monte-Mor, passando por Monte-Mor-o-Velho e Guarani, até chegar ao atual Pacajus (Prefeitura de Pacajus). Flanqueando o escudo, ramos verdes de cajueiro exibem seis cajus maduros (quatro amarelos e dois vermelhos) pendentes, lembrando que o caju é riqueza e sustento para a região, marca registrada de Pacajus (Prefeitura de Pacajus). No listel na base do brasão, uma faixa azul exibe em branco a data “23 de maio de 1935”, eternizando o dia da emancipação municipal (Prefeitura de Pacajus) – um detalhe que emociona os pacajuenses ao lembrar as lutas e conquistas de sua terra.
(File:Bandeira de Pacajus em mastro.jpg - Wikimedia Commons) Assim como o brasão, a bandeira de Pacajus ostenta com orgulho as cores e símbolos que definem a cidade. Instituída oficialmente em 1980, ela é composta por três faixas horizontais que enchem os olhos de quem a vê tremulando ao vento. A faixa superior, de um vermelho vibrante, e a faixa central, amarela, representam juntos o fruto do caju – vermelho e amarelo como a polpa e a castanha – símbolo da doçura e da riqueza agrícola local (PROJETO COMPLETO.pdf). A faixa inferior, de um verde intenso, evoca as copas frondosas dos mangueirais e a vegetação exuberante que circunda Pacajus, denotando fertilidade e esperança (PROJETO COMPLETO.pdf). Ao centro da bandeira, sobre a faixa amarela, figura o brasão municipal em sua versão colorida, unindo todos os elementos da identidade pacajuense em um só estandarte. Quando hasteada, seja na entrada da cidade pela BR-116, seja na frente da Prefeitura, a bandeira conta silenciosamente a saga de Pacajus – de aldeia indígena a município próspero – através de suas cores e emblemas.
Por fim, mas não menos importante, Pacajus possui um hino municipal que é entoado com emoção em ocasiões cívicas e escolares. Seus versos exaltam o espírito guerreiro e a união do povo pacajuense: “Pacajus! Pacajus! Teu nome nos convida a lutar… Unidos nós queremos te exaltar!” – começa o canto, convocando todos a celebrar a terra querida. Ao longo da melodia, o hino louva a coragem, a fé e a tradição local, e pinta imagens poéticas dos “cajueiros em flor nos caminhos” e do “mangueiral de copa verdejante”, enquanto “os pássaros libertos... cantam a tua glória nesse instante”, numa bela homenagem à natureza e à cultura da cidade. Assim, através de suas festividades, símbolos e canções, Pacajus preserva viva a chama da sua identidade cultural, transmitindo de geração em geração o orgulho de ser pacajuense.
A geografia política de Pacajus sofreu tantas metamorfoses quanto a sua história. Desde seus primeiros anos como município, a cidade funcionou como um núcleo irradiador, agregando comunidades vizinhas que mais tarde seguiriam caminhos próprios. Quando Pacajus ainda se chamava Guarani, logo após a emancipação de 1890, seu território englobava extensas áreas rurais e povoados distantes. No início do século XX, registros mostram que o município chegou a ser constituído de vários distritos – em 1920 eram seis no total, incluindo localidades chamadas Lagoa das Pedras, Carnaúba, Aningas, Mundo Novo e Mangabeira, além do próprio distrito-sede de Guarani (IBGE | Biblioteca). Cada um desses cantos guardava características particulares, mas todos orbitavam em torno da sede, compartilhando laços econômicos e culturais.
Com o passar do tempo e as idas e vindas da autonomia municipal, a composição administrativa também mudou. Após a reinstalação definitiva do município em 1935, Pacajus (ainda Guarani naquele momento) voltou a organizar-se em quatro distritos principais: além do distrito da sede, existiam Currais Velhos, Lagoa das Pedras e Olho d’Água (IBGE | Biblioteca). Esses nomes ecoam até hoje, pois cada um deles viria a ter papel significativo na região. Em 1938, uma reforma toponímica renomeou esses distritos: Currais Velhos passou a se chamar Chorozinho, Lagoa das Pedras adotou o nome Itaipaba, e Olho d’Água recebeu a denominação Horizonte (IBGE | Biblioteca). Pacajus, portanto, chegou aos anos 1940 administrando um território composto por Pacajus (sede) e pelos distritos de Chorozinho, Itaipaba e Horizonte, todos sob o guarda-chuva do município de Pacajus (IBGE | Biblioteca).
Nas décadas seguintes, conforme Pacajus prosperava, também crescia o sentimento de identidade nas comunidades distritais. Chorozinho e Horizonte, especialmente, aumentaram em população e importância econômica, almejando emancipação. Esse desejo se concretizou brevemente em 1963, quando foram criados novos municípios autônomos: leis estaduais naquele ano concederam emancipação a Chorozinho (17 de julho de 1963) e a Horizonte (21 de novembro de 1963) (IBGE | Biblioteca). O distrito de Itaipaba também esteve designado a se tornar município no mesmo período, mas as mudanças políticas durante o regime militar interromperam esse plano, e Itaipaba permaneceu como parte de Pacajus. Entretanto, a independência de Chorozinho e Horizonte naquele momento foi curta – em 1965, uma reestruturação administrativa a nível estadual revogou as recentes emancipações, incorporando novamente os territórios de volta a Pacajus como distritos (IBGE | Biblioteca). Essa volta temporária reconstituiu, por mais duas décadas, o mapa original de Pacajus com seus distritos históricos.
Foi somente nos anos 1980, em meio à redemocratização do país, que Chorozinho e Horizonte finalmente conquistaram de vez sua autonomia. Em março de 1987, ambos os distritos foram emancipados e elevados novamente à categoria de municípios, desta vez de forma definitiva (IBGE | Biblioteca). Pacajus se despedia, assim, de duas áreas que fizeram parte de seu seio por muitos anos – a separação veio acompanhada de sentimentos mistos de orgulho (por verem suas “filhas” cidades caminhar com as próprias pernas) e nostalgia (pelos laços comunitários e familiares mantidos). Após essas emancipações, restou a Pacajus administrar seu território remanescente, que incluía ainda o distrito de Itaipaba. Buscando melhorar a administração local e reconhecer outras comunidades internas, em 1992 a prefeitura criou um novo distrito, Pascoal, na região sul do município (IBGE | Biblioteca).
Hoje, a divisão política de Pacajus é relativamente simples se comparada ao passado tumultuado: o município compõe-se de três distritos oficiais – Pacajus (distrito-sede), Itaipaba e Pascoal (IBGE | Biblioteca). Pacajus (sede) abrange a área urbana e imediata, concentrando a maior parte da população, o comércio e a administração pública. Itaipaba e Pascoal são distritos essencialmente rurais, onde a vida corre em ritmo mais tranquilo, entre plantações de caju, lagoas e estradas de terra que ligam pequenas localidades. Essa configuração vigente reflete o equilíbrio que o município encontrou: após ceder espaço para o surgimento de novos vizinhos, Pacajus focou em fortalecer suas próprias comunidades internas. Assim, a cidade mãe e seus distritos seguem conectados por laços de história e cooperação regional – uma divisão política ajustada pela passagem do tempo, mas que mantém em cada pedaço do território a essência pacajuense.
Curiosidades
• Origem do Nome Pacajus: A palavra Pacajus tem sabor indígena e carrega em si a memória dos primeiros habitantes. De acordo com pesquisadores, o topônimo deriva dos índios Paiacu (também chamados Jaracu) (Pacajus – Wikipédia, a enciclopédia livre), que viviam na região. Ironicamente, durante décadas a cidade chamou-se Guarani – nome de outra etnia indígena, porém de fora daquela região. Somente em 1943 adotou-se oficialmente Pacajus, fazendo justiça às raízes locais. Muitos moradores resumem carinhosamente o significado de Pacajus como “terra do caju”, não por tradução literal, mas pela abundância dessa fruta típica no município.
• Muitas Denominações: Pacajus ostenta um fato curioso em sua trajetória – teve cinco nomes diferentes ao longo da história. Primeiro foi conhecida como Missão dos Paiacu (no tempo da aldeia jesuíta no início de 1700), depois chamada de Monte-Mor (e Monte-Mor-o-Velho) na época do sítio colonial, em seguida batizada de Guarani ao ser emancipada em 1890, até finalmente receber o nome atual, Pacajus, em 1943 (Prefeitura de Pacajus). Cada nome marca um capítulo distinto da saga local, refletindo ora a presença indígena, ora influências dos colonizadores e mudanças políticas. Poucas cidades cearenses carregam uma herança toponímica tão diversa!
• A Igreja Velha: A capela construída pelos índios em 1865, mencionada na origem da cidade, existe até hoje e é motivo de orgulho para Pacajus. Conhecida como Igreja Velha, ela passou por reformas e já não conserva todas as características originais de taipa e carnaúba, mas suas paredes guardam ecos das preces em tupi e latim ali proferidas séculos atrás. Está localizada no bairro chamado Monte Mor (em referência direta ao antigo sítio) e é considerada um marco histórico – um dos edifícios mais antigos do município. Muitas lendas locais giram em torno dessa igrejinha, incluindo histórias de tesouros enterrados pelos jesuítas e aparições luminosas em noites festivas, o que só aumenta seu misticismo.
• Terra do Caju: Pacajus ganhou o apelido de terra do caju por um bom motivo. O município abriga vastos cajueirais e já foi um dos maiores produtores de castanha de caju do Ceará (Cidade de Pacajus pode ganhar título de Capital Nacional da ...) ([PDF] Pacajus - Mapa Cultural de Chorozinho). Além da economia, o caju permeia a cultura: das receitas tradicionais – como a cajuína artesanal e doces caseiros de caju – até a paisagem, especialmente no fim do ano, quando os cajus amadurecem em tons dourados pendendo dos galhos. A CajuFest realizada todo mês de novembro celebra essa conexão, atraindo visitantes para degustar as delícias derivadas do caju e assistir a shows de forró debaixo dos cajueiros iluminados. Em 2023, discutia-se até um projeto de lei para reconhecer Pacajus oficialmente como “Capital Nacional da Cajuína”, evidenciando o quanto esse fruto está entrelaçado à identidade local.
• Filhas Ilustres de Pacajus: Os municípios de Chorozinho e Horizonte, hoje independentes, podem ser considerados “filhas” de Pacajus. Antes de se emanciparem, eram distritos pacajuenses e partilhavam da vida política e social da cidade mãe. Até hoje, há famílias com parentesco espalhado entre essas cidades, e não é raro encontrar em festas e feiras regionais moradores lembrando com saudosismo do tempo em que todos eram um só município. Pacajus orgulha-se de ter contribuído para o surgimento dessas vizinhas prósperas – o brasão municipal inclusive exibe três estrelas na parte inferior direita justamente para simbolizar Chorozinho, Horizonte e Itaipaba, localidades que “brilharam” em sua história (Prefeitura de Pacajus) (Prefeitura de Pacajus). Essa peculiaridade administrativa – de emancipar e depois reintegrar distritos, e emancipá-los novamente – faz de Pacajus um caso interessante nos anais geopolíticos do Ceará.
Em suma, a história de Pacajus é um tecido rico em episódios marcantes e detalhes pitorescos. De um aldeamento indígena nasceu uma cidade que enfrentou idas e vindas políticas, mudou de nome diversas vezes, cultivou tradições e espalhou cultura. Hoje, Pacajus se mostra ao mesmo tempo orgulhosa de seu passado e vibrante em seu presente – uma cidade que, em cada esquina e em cada celebração, conta com paixão o seu capítulo de história local. Cada data comemorada, cada símbolo estampado e cada curiosidade contada de boca em boca reforça o vínculo emocional entre o povo pacajuense e a terra do caju, mantendo viva a memória de que Pacajus é, antes de tudo, fruto da coragem e da união de sua gente.

HINO

Pacajus! Pacajus!
Teu nome nos convida a lutar,
Pacajus! Pacajus!
Unidos nós queremos te exaltar.

Porque és um exemplo verdadeiro,
De coragem de força e decisão,
Tens a crença do povo brasileiro,
E une legado de bela tradição.

Pelo ideal de tua mocidade,
Que no estudo tem novo despertar,
É uma aurora de grande claridade,
Vai teu belo futuro iluminar.

Os cajueiros em flor nos caminhos,
E o mangueiral de copa verdejante,
Os pássaros libertos dos seus caminhos,
Cantam a tua glória nesse instante.

BRASÃO

A coroa mural, localizada no topo do brasão, representa a municipalidade.
Com 3 (três) torres com 3(três) merlões cada torre, remete à categoria de cidade,
simbolizando a autonomia e independência de Pacajus enquanto município
consolidado. A estrela dourada à esquerda no alto do brasão representa o
município de Pacajus sob sua antiga designação, Guarani. Este símbolo
homenageia o passado histórico e a evolução do município ao longo do tempo. As
estrelas localizadas à direita, na parte inferior do brasão, simbolizam importantes
localidades que marcaram a história de Pacajus:

- Olho d'Água: Atualmente, o município de Horizonte, que anteriormente era um
distrito de Pacajus.

- Lagoa das Pedras: Distrito que esteve para se tornar o município de Itaipaba,
mas que permanece como distrito de Pacajus.

- Currais Velhos: Hoje, o município de Chorozinho, que também foi parte de
Pacajus antes de sua emancipação.

O centro do brasão apresenta uma carnaúba, símbolo da vegetação e
relevância econômica local. O sol nascente representa prosperidade e progresso,
com o rio e a engrenagem aludindo à importância da água e da indústria para o
município. As cinco pedras referem-se às cinco denominações históricas do
município: Missão dos Paiacu, Monte-Mor, Monte-Mor-o-Velho, Guarani e,
atualmente, Pacajus. Nos flancos do brasão, encontram-se ramos de cajueiros,
com 6 (seis) cajus 4 (quatro) amarelos e 2 (dois) vermelhos, representando a
importância do caju para a economia local. Na parte inferior do brasão, uma fita
verde com a data "23 de maio de 1935" marca a fundação oficial do município de
Pacajus.

BANDEIRA

Lei nº 55, de 16 de fevereiro de 1980, com as seguintes características e
medidas,
§ 1º Faixa Vermelha (superior): Com 1,20 metros de comprimento e 25
centímetros de largura.
§ 2º Faixa Amarela (central): Com 1,20 metros de comprimento e 40 centímetros
de largura.
§ 3º Faixa Verde (inferior): Com 1,20 metros de comprimento e 25 centímetros de
largura.
§ 4º O brasão será posicionado no centro da faixa amarela, com 32,88 cm de
largura e 38,04 cm de altura

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